domingo, 23 de maio de 2010

Amores e devoção

Revi pela milionésima vez, uma das cenas mais fenomenais do cinema, a saber:

http://www.youtube.com/watch?v=pJqfP_vZBfw

Sempre, que vejo essa cena eu choro, de saudade, por saber que sensação fenomenal é essa que o Anton teve ao provar o ratatoille, e por (desculpem a falta de modéstia) já ter visto essa expressão em algumas pessoas depois de provarem algo que eu tenha preparado.

Aprendi a cozinhar, e tomei gosto pela cozinha por conta das minhas avós, ambas, senhoras absolutas das panelas, temperos e molhos.

Elas não sabem expressões em francês, chamam fouet de batedor de arame, e pra bater claras em neve usam um garfo, o que tenho que admitir facilita bastante quando são poucas claras.

Minhas avós queridas são pessoas muito simples, uma delas camponesa, e dona de casa exemplar, a outra fez um monte de coisas, mas era mesmo dona de casa!

Comidas simples são muito complexas, porque nós sempre vamos comparar com a das nossas mães e avós.

Só admiti que soubesse cozinhar quando minha avó paterna disse que sabia, quando ela provou e disse que estava bom, e foi isso "tá bom sim”, e um sorriso... Nunca vou esquecer aquele dia, nunca vou esquecer aquele sorriso.

Minhas avós são as grandes damas da minha cozinha, as grandes damas da minha inspiração, e se hoje cozinho, é por causa delas que me mostraram que felicidade é mais simples e mais rápida do que supõem quem a busca!

Felicidade é uma sopa de vagem, com pão.

Felicidade é um prato de feijão fresquinho.

Alguns mais cheios de frescuras e afetações vão dizer, "comida de camponês", e eu, toda feliz, vou concordar!
Primeiro porque camponeses sabem comer, e porque eu nunca comi nada melhor!

Bênção vozinhas! Amo vocês!


Um comentário:

  1. Felicidade é uma sopa de vagem, com pão.

    Felicidade é um prato de feijão fresquinho.


    Adorrei essas frases.

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